SINDETURH e Conselho Intersindical de Presidente Prudente intensificam campanha pelo fim da escala 6×1


O Conselho Intersindical de Presidente Prudente e Região lançou uma campanha para intensificar a conscientização e mobilização contra a escala de trabalho 6×1. Todos os 23 sindicatos filiados, incluindo o SINDETURH Presidente Prudente, aderiram à iniciativa e instalaram faixas em frente às suas sedes destacando a luta pelo fim da jornada que limita o direito ao descanso e ao convívio social dos trabalhadores.

Além da visibilidade pública, as entidades sindicais estão promovendo ações junto às categorias que representam, reforçando a necessidade de avançar nessa pauta. Panfletagens, reuniões, debates e conversas diretas com os trabalhadores fazem parte da estratégia para ampliar a conscientização e fortalecer o movimento.

O direito ao descanso e à qualidade de vida

A escala 6×1 impõe uma rotina exaustiva: seis dias consecutivos de trabalho para apenas um de descanso. Essa jornada, comum no comércio e em outros setores de serviços, reduz significativamente o tempo de lazer e convívio familiar, comprometendo a saúde física e mental do trabalhador.

Para o Conselho Intersindical, a luta pelo fim da escala 6×1 não é apenas uma questão trabalhista, mas um debate essencial sobre qualidade de vida. O descanso adequado não pode ser visto como um privilégio, mas sim como um direito fundamental. O trabalhador precisa de tempo para estar com sua família, praticar atividades culturais, cuidar da própria saúde e viver além do ambiente de trabalho.

Pressão no Congresso Nacional e a luta histórica do movimento sindical

A campanha promovida pelo Conselho e pelos sindicatos busca ampliar o debate sobre a necessidade de uma jornada mais justa e humana. A proposta é pressionar o Congresso Nacional para que avance no debate e na aprovação do projeto já protocolado que prevê o fim da escala 6×1.

A redução da jornada de trabalho sem redução salarial é uma luta histórica do movimento sindical, baseada no princípio de que os trabalhadores devem ser valorizados com melhores condições de trabalho e tempo suficiente para o descanso e o lazer. Diversos estudos apontam que jornadas mais equilibradas aumentam a produtividade, reduzem o adoecimento e fortalecem a economia.

“O trabalhador não pode ser refém de uma escala que sacrifica sua saúde e seu direito ao lazer. Precisamos evoluir para uma jornada que equilibre produção e qualidade de vida”, afirma Paulo de Oliveira, presidente do Conselho Intersindical de Presidente Prudente.

A mobilização segue crescendo, e os sindicatos continuam firmes na luta para garantir que os trabalhadores tenham direito a uma vida digna dentro e fora do trabalho.